26-02-2024
A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que atraiu 750 mil pessoas à Avenida Paulista no último domingo (25), não passou despercebida pela imprensa internacional, ganhando destaque nos principais jornais ao redor do mundo.
O jornal israelense The Times of Israel destacou a postura de Bolsonaro ao iniciar seu discurso ostentando a bandeira de Israel, interpretando o gesto como uma clara rejeição às recentes declarações do ex-presidente Lula que compararam as ações de Israel em Gaza com o Holocausto. Além disso, a publicação ressaltou a relação entre Bolsonaro e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
A BBC News, por sua vez, apontou que, apesar das acusações enfrentadas, Bolsonaro continua sendo a figura de maior influência da direita no Brasil.
Já os jornais The Guardian, El País e Clarín, ao reproduzirem o texto da agência de notícias Reuters, noticiaram que “centenas de milhares” de apoiadores se reuniram na Avenida Paulista para demonstrar apoio ao ex-presidente. No entanto, esses veículos se referiram a Bolsonaro como um “líder de extrema direita”, destacando seu posicionamento antagônico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, descrito como supostamente de “centro-esquerda”.
O Clarín, jornal argentino, afirmou que Bolsonaro “mostrou sua popularidade em uma massiva manifestação contra as acusações de golpismo”.
A agência AFP noticiou o evento, destacando que “milhares de pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro em meio a uma tempestade legal”.
O francês Le Figaro relatou que “dezenas de milhares de pessoas se reuniram em São Paulo em apoio ao ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, o que testa sua popularidade em meio a um escândalo por suspeitas de uma ‘tentativa de golpe de Estado’.”
O Le Monde, outro jornal francês, afirmou que “apesar das acusações legais, Bolsonaro é tão popular quanto sempre entre sua base”.
Por fim, a Bloomberg destacou que Bolsonaro “liderou apoiadores em um comício no coração da maior cidade do Brasil no domingo, em uma tentativa de demonstração de força contra oponentes políticos e a Suprema Corte do país”, mencionando também a presença de 750 mil pessoas na manifestação.